Casa da Amizade de Brumado: novembro 2015

No dia 20 de outubro, comemora-se, o Dia do Poeta.

“Ser poeta não é querer se exibir, é apenas uma forma de estar consigo mesmo. Escreve-se para libertar a alma. Escreve-se para traduzir o coração.”

Quem nunca se encantou com uma poesia que narra exatamente o que precisamos ouvir?A poesia embeleza a Vida. Com este pensamento foi que a Casa da Amizade e o Rotary Club de Brumado, em Reunião Festiva realizada no dia 29 de outubro, homenageou as professoras e poetisas Zilda Lima Neves e Mena Azevedo que abrilhantaram a noite declamando poemas de suas autorias e de poetas brasileiros. Mena declamou de sua autoria o soneto alexandrino “Exortação” e o poema “Frio na Alma”.

Companheira Diná faz homenagem a Mena e D. Zilda

As homenageadas de hoje do Rotary Clube de Brumado e da Casa da Amizade são pessoas que já são familiares para nós. Professora Filomena Azevedo Leite, esposa do ex-rotariano Raimundo Carvalhoe a Professora Zilda Lima Neves, que foi nossa convidada em outra oportunidade, quando de uma homenagem ao dia do Professor.

As duas dispensam apresentação, uma vez que todos nós conhecemos o papel desempenhado por cada uma na educação de Brumado.

Conhecemos as educadoras, porém hoje temos aqui conosco duas poetisas, pela passagem do dia do poeta em 20 de outubro. Falar de poeta é falar de poesias e aqui faço minhas as palavras de Voltaire “A poesia é a música da alma e, sobretudo de almas grandes de sentimentos”. Este é o caso das nossas homenageadas: pessoas de grandes sentimentos, de sensibilidade aguçada, que na singeleza das pequenas coisas, encontram significado que as conduz à produção dos seus versos. São pessoas que trazem consigo o encantamento pela vida, em todas as suas nuances: alegrias, tristezas, amor, desamor, ausência, presença e tantas outras.

De Zilda Lima Neves assim afirmou o saudoso Professor Deba “Cora Coralina entrou na literatura aos 70 anos. O que dizer da Professora Zilda Lima Neves aos 90?” Sim, seu sonho do livro de poesias intitulado “Versos Meus” ela o realizou junto aos colegas do CEAB, que lhe ofereceram, com muito carinho, uma festinha no seu aniversário de 90 anos.. Pedimos a autora para nos brindar, declamando, de sua autoria, o poema “Visão Fugaz”. Quanto à poetisa Mena, que se diz aprendiz de poeta, afirma que o gosto por poesias surgiu muito cedo, através de muita leitura de poetas portugueses e brasileiros. Pedimos que ela nos brinde com um poema do grande poeta brasileiro Olavo Bilac.

Mena se diz também intimista, aprecia a paisagem, os astros e a natureza. Escreve quando sente tédio ou quando se sente alegre para extravasar seus sentimentos. Escreve quando está em comunhão com Deus e com as pessoas e foi em momentos assim que nasceram seus poemas os quais já fazem parte de seis antologias poéticas e tem mais de 640 trabalhos postados em sites.

Mena(à esquerda)

Mena é alguém que vive em eterna busca, ajustando-se a cada momento em que vive. Busca na poesia o encanto pela vida e já tem planejado o lançamento de seu livro . Convido-a para nos falar o que realmente para ela é a poesia.

Como veem trouxemos aqui duas poetisas escritoras. Zilda Lima Neves, que já publicou seu livro “Versos meus” tem em processo de “fermentação” um livro sobre seu pai e sua família intitulado “Um homem empreendedor” a ser lançado com o apoio do seu sobrinho Arnaldo Azevedo.

Segundo Cora Coralina o poeta não é somente o que escreve. É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.

Segundo à poetisa Mena “Em cada latejar da vida há um sentimento a ser perscrutado, abordado e transformado em poesia e Zilda, na sua sensibilidade de poetisa, faz com que seus versos fluem com criatividade e arte, revelando elevada cultura e intelectualidade, como fonte a jorrar, ainda aos 92 anos. Mostre-nos poetisa Zilda, uma forma poética de envelhecer. Declamar “Assim quero envelhecer”

Alguém já disse que a poesia abre os olhos, cala a boca e estremece a alma. Estamos nesse momento de olhos abertos, de boca calada e de alma estremecida diante das nossas homenageadas, pessoas que fazem histórias. E histórias enriquecidas de poesias. Muito Obrigada.

Diná Gomes Fernandes

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